2010-07-21

GALHARDETE DA PARCERIA NO CREOULA

O galhardete da antiga Parceria Geral de Pescarias (1891-1999), empresa que mandou construir o CREOULA em 1936, a flutuar no mastro grande do CREOULA.
A velha bandeira foi içada ontem, (20-07-2010) a bordo do navio no tope do mastro grande, como era hábito nos tempos em que o navio fazia a pesca do bacalhau.
O galhardete da Parceria foi emprestado para o efeito pelo Grupo Bensaude, cuja família é um caso único em Portugal de ligação ao mar, pois há cinco gerações que são proprietários e armadores de navios de comércio e pesca.
Texto e imagens de Luís Miguel Correia - 2010

Visita ao CREOULA

Aspectos da visita a bordo do CREOULA de um grupo de Amigos do navio, recebidos com todas as atenções pelo Comandante e Oficiais do navio, como é hábito na Marinha Portuguesa.
O CREOULA está em Lisboa desde 5 de Julho de 2010, data em que regressou de uma das missões mais importantes que desempenhou desde que iniciou a sua actividade em Junho de 1937, o cruzeiro científico às Selvagens, promovido pela EMEPC. O navio larga para o mar novamente dia 23 de Julho, num cruzeiro ao Funchal e Portimão promovido pela Universidade Itinerante do Mar.
Texto de Luís Miguel Correia com imagens de Raquel Sabino Pereira e Luís Miguel Correia - 2010

GALHARDETE DA PARCERIA IÇADO NO CREOULA

Ontem, dia 20 de Julho de 2010, o galhardete da antiga Parceria Geral de Pescarias foi içado novamente no mastro grande do CREOULA recordando a origem do antigo lugre bacalhoeiro.
A Parceria Geral de Pescarias era a empresa de pesca do bacalhau ligada à família Bensaude que existiu de 1891 a 1999 e foi proprietária do CREOULA até 1979. Foi uma das empresas mais importantes das que protagonizaram a Faina Maior das pescas portuguesas, cujo legado tem reconhecida importância cultural, caso do CREOULA, actual Navio de Treino de Mar operado pela Marinha de Guerra Portuguesa, o GAZELA, velho lugre patacho preservado em Filadélfia ou ainda os navios ARGUS e SANTA MARIA MANUELA, ambos ligados à memória viva da Parceria, o primeiro como último lugre bacalhoeiro construído para a empresa (em 1939), o segundo por ter sido projectado e encomendado pela Parceria em 1936, devendo ter-se chamado ARGUS, se não tivesse sido cedido à Empresa de Pesca de Viana durante a construção em estaleiro.
Texto e imagens de Luís Miguel Correia - 2010

A BORDO DO NTM CREOULA

A convite do Comando do N.T.M. CREOULA um pequeno grupo de Amigos do nosso lugre preferido reuniu-se ontem à tarde a bordo para alguns momentos de convívio.
O CREOULA estava lindo e impecável, pronto para largar na Sexta-feira dia 22 para mais um cruzeiro com a Universidade Itinerante do Mar ao Funchal e a Portimão.
Presentes o Comandante do CREOULA, CFR Nuno Cornélio da Silva e os oficiais do navio, o Sr. Capitão António Marques da Silva, que comandou o CREOULA diversos anos ao serviço da Parceria e Secretaria de Estado das Pescas, o Sr. Helder Claro, antigo funcionário e Gerente da Parceria Geral de Pescarias, e uma personagem chave associada ao conjunto de boas vontades que permitiu a venda do CREOULA ao Estado em 1979, o Sr. Engenheiro Joaquim Bensaude, ilustre Armador da Marinha de Comércio, neto do Sr. Vasco Bensaude que em 1936 mandou construir o CREOULA e actual responsável pelo Grupo Bensaude, o Sr. Dr. Paulo Santos, investigador dedicado à história marítima, a Srª. Drª. Raquel Sabino Pereira, Comodoro da Marinha do Tejo e veterana civil com mais milhas navegadas no CREOULA desde 1988, Luís Miguel Correia, co-editor do BLOGUE DO CREOULA, e o Sr. Comandante Valentim Rodrigues, Comandante da Escola de Tecnologias Navais.
Uma tarde muito agradável marcada por uma homenagem singela à origem do CREOULA, ao ser içada no tope do mastro grande o galhardete da PARCERIA GERAL DE PESCARIAS, bandeira do armador do CREOULA desde 1937 até 1979.
Imagens e texto de Luís Miguel Correia - 2010

CREOULA: Museu vivo

De 1937 a 1973 o lugre CREOULA foi uma presença constante nos mares da Terra Nova e Gronelândia, durante as campanhas anuais de pesca do bacalhau, ao serviço da Parceria Geral de Pescarias. A pesca do bacalhau era efectuada de forma tradicional, à linha a partir dos doris, pequenas embarcações a remos e à vela para uso individual dos pescadores, que utilizavam agulhas de marear individuais, como esta, encontrada recentemente a bordo do CREOULA e restaurada no Instituto Hidrográfico.
Fotografia de Luís Miguel Correia - 2010

2010-07-13

Campeão da pesca do bacalhau...

Antes da actual existência de navio-escola, o CREOULA protagonizou, de 1937 a 1973, a aventura da pesca do bacalhau nos mares inóspitos da Terra Nova e Gronelândia, para o que era de grande utilidade a proa reforçada para navegação em águas geladas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, apenas os navios portugueses se continuaram a aventurar por essas paragens e por as capturas serem então exclusivas para nós, foram anos de pesca record. Havia tanto peixe que os navios enchiam os porões e regressavam a Portugal antecipadamente.
Num só dia coube aos pescadores do CREOULA  a captura de 600 quintais de bacalhau - cerca de 108 toneladas de peixe, cujo desembarque dos dories provocou um verdadeiro caos a bordo, com todos os espaços no convés coberto de bacalhaus, desde o molinete à proa até à popa... Foi nesse ano que o navio chegou a Lisboa com os porões carregados com 13.000 quintais de bacalhau...
Texto e imagem de Luís Miguel Correia - 2010

Contraste no Tejo

O mundo é feito de contrastes e o nosso Tejo não escapa a essa regra, como prova esta imagem do lugre CREOULA com um dos navios de passageiros tipo "catamaran" da empresa Soflusa, em viagem do Barreiro para o Terreiro do Paço.
O CREOULA regressava da expedição às Selvagens, no dia 5 de Julho de 2010.
Fotografia de Luís Miguel Correia - 2010

Chegada do CREOULA

Instruendos a bordo do CREOULA à chegada do navio ao Tejo após a expedição às Selvagens.
Um navio inesquecível para quem tem o privilégio de o conhecer...
Texto e imagens de Luís Miguel Correia - 2010

MASTROS MÁGICOS

Os quatro mastros do lugre CREOULA reflectidos nas águas da Base Naval de Lisboa, ao Alfeite, quando da chegada do CREOULA das Selvagens no dia 5 de Julho último.
Fotografia e texto de Luís Miguel Correia - 2010

2010-07-07

CREOULA 5 de Julho de 2010



As imagens falam por sí: o CREOULA de chegada, mostrando toda a sua elegância e porte. Um belo navio, sempre português desde há mais de 73 anos...

Chegada do CREOULA a 5-07-2010




Lá vem novamente o NTM CREOULA, qual Nau Catrineta que tem muito que contar das suas andanças pelas Selvagens, paragens onde, dizia Costeaux, se encontram as águas mais límpidas do Mundo...
Quando for grande quero ir às Selvagens, mas o melhor é mesmo começar pelas Desertas...
Fotografias de pormenor do CREOULA em manobra de entrada na Base Naval de Lisboa, dia 5 de Julho de 2010.

CREOULA na barra do Tejo


No regresso do cruzeiro às Selvagens, a 5 de Julho de 2010, o CREOULA subiu a barra do Tejo ao amanhecer e cruzou-se com uma verdadeira flotilha de embarcações de pesca locais, o que permitiu estas imagens paracendo o antigo bacalhoeiro rodeado por momentos pelos seus antigos dories, algures num banco de pesca do Atlântico Norte...

Acompanhando o NTM CREOULA
















O sistema AIS - Automatic Identification System , disponível na internet para observação de forma muito simples, permite, quse em tempo real localizar a posição dos navios na costa portuguesa, e assim tenho acompanhado muitas vezes as partidas ou chegadas do CREOULA.
Nos casos que apresento, as duas primeiras imagens registam o regresso do CREOULA da missão às Selvagens, ao amanhecer de 5 de Julho, à entrada da barra do Tejo, e na véspera, quando comecei a captar o sinal, a sul de Sesimbra. A terceira imagem refere-se à madrugada de 4 de Junho de 2010, horas depois da largada de Lisboa para o arquipélago da Madeira.


CREOULA em pormenores



Nunca me canso de apreciar e fotografar a beleza que há em todos estes pormenores cheios de significação histórica e ambiência náutica: é o CREOULA, uma boa razão para pagar sempre os meus impostos com a consciência do cumprimento do dever.
Fotografias registadas a 3 de Junho de 2010, pouco antes da partida para as Selvagens.

2010-07-06

CREOULA na Madeira



Aspectos do lugre CREOULA a navegar ao largo do Funchal, na tarde de 30 de Junho de 2010, no iício da viagem de regresso a Lisboa no final da missão às Ilhas Selvagens.
Fotografias enviadas pelo nosso Amigo Sérgio Ferreira, do Funchal, a quem agradecemos a colaboração. O Sérgio tem um blogue muito popular que pode ser visitado aqui.

CREOULA a largar do Funchal


Três imagens da manobra de largada do CREOULA do porto do Funchal cerca das 19h00 de 30 de Junho de 2010.
Fotografias do nosso Amigo Sérgio Ferreira, do Funchal.

CREOULA no Funchal

Duas imagens do NTM CREOULA atracado ao molhe da Pontinha, no Funchal ,na tarde de 30 de Junho de 2010, onde fez escala na viagem de regresso da expedição às Ilhas Selvagens, que foi um exito.
Além do CREOULA, estiveram nas Selvagens em missão científica o NRP ALMIRANTE GAGO COUTINHO e a Caravela VERA CRUZ, da Aporvela, que podemos observar nas imagens junto ao CREOULA.
Fotografias enviadas por Sérgio Ferreira, do Funchal, a quem agradeçemos a colaboração