2012-03-21

Universidade Itinerante do Mar

Uma das entidades que mais tem utilizado o CREOULA nestes últimos anos tem sido a universidade Itinerante do Mar, que o ano passado ofereceu esta placa ao navio. Uma homenagem merecida.
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Com sete letras se escreve o nome CREOULA

Com sete letras se escreve o nome CREOULA.  À popa, há setenta e cinco anos.
Durante décadas este nome à popa era pintado directamente sobre a chapa do casco, e por debaixo inscrevia-se o nome do porto de armamento: Lisboa. 
É que o CREOULA teve o estatuto de navio mercante desde 1937 até 1987, quando a sua operação foi em boa hora entregue à Marinha Portuguesa e se desenhou um novo enquadramento, o de Navio de Treino de Mar como UAM - Unidade Auxiliar da Marinha.

Após a entrega do CREOULA à Marinha, o nome do navio passou a estar inscrito à popa numa bela placa azul escura com letras metálicas em relevo. É essa placa que vemos nas imagens a ser retirada para manutenção e pintura, ontem, dia 20 de Março de 2012. O CREOULA prepara-se para mais um ano de actividade intensa em prol da redescoberta do Mar Português com as suas sete letras a brilhar na popa.



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2012-03-17

O CREOULA e a Faina Maior

Antigo lugre bacalhoeiro, o CREOULA pescou um total de 22.700 toneladas de bacalhau  nas suas 37 campanhas anuais de 1937 a 1973.
A pesca era efectuada à linha de forma tradicional com recurso aos dóries individuais, e algumas destas embarcações estão ainda hoje presentes a bordo do CREOULA, como se pode apreciar pelas fotografias tiradas a bordo a 29 de Fevereiro último.
Em 1937, quando o navio entrou ao serviço da Parceria Geral de Pescarias, a empresa armadora tentou introduzir uma alteração no tipo de dóries, equipando o navio com dóries para dois pescadores, à francesa, mas a experiência correu tão mal que durante a campanha o navio teve de pedir dóries aos restantes navios da Parceria e voltou-se assim à pesca individual... Cada pescador era "capitão" do seu dóri e venceu o individualismo...



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Casa das Máquinas exemplar

Numa das minhas visitas recentes ao NTM CREOULA tive oportunidade de visitar e fotografar pormenorizadamente a Casa das Máquinas do navio.
Fiquei agradavelmente surpreendido. 
Dada a natureza do navio, um lugre de quatro mastros, em que a propulsão mecânica teve sempre um carácter de auxiliar, não me surpreendeu que o espaço fosse reduzido.
Gostei de tudo o que vi. Tenho estado em muitas instalações propulsoras a bordo de navios de todos os tipos e dimensões e nunca tinha estado numa tão limpa e impecável. Não esperava encontrar uma casa da máquina de há 75 anos, pois sei que o navio tem sido actualizado permanentemente por forma a ir cumprindo as suas funções, hoje muito diferentes das que se impunham em 1937 com a pesca do bacalhau. Há de facto muito poucos equipamentos originais, com destaque para o belíssimo telégrafo fornecido em 1937 pela Casa Garraio, que felizmente continua de portas abertas no Cais do Sodré. Quase tudo o resto é mais recente, a começar pela máquina principal, de 500 BHP que data da década de 1990.
Para iniciar esta visita fotográfica às máquinas do CREOULA, seleccionámos uma fotografia do telégrafo, uma imagem de diversos registos da máquina, e uma perspectiva do motor principal, que é muito pequenino. Vamos voltar ao assunto com mais fotografias.
Um agradecimento à Marinha, ao Comando e aos Oficiais e Guarnição do CREOULA pelo apoio e simpatia com que sempre têm sabido incentivar o BLOGUE DO CREOULA...
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